As soluções para a economia estarão entre os principais temas dos candidatos a presidente na
campanha eleitoral iniciada na última quinta-feira (16). O maior desafio será a retomada do crescimento econômico, ainda em ritmo lento após a crise dos últimos anos.
O portal compilou os principais indicadores na economia para mostrar o cenário que o novo presidente vai encontrar.
O rombo ainda elevado nas contas públicas é considerado por analistas como o "calcanhar de aquiles" da economia. Outros pontos fracos são o crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB) e taxas de desemprego relativamente altas.
Ao mesmo tempo, o país tem bons números no setor externo, impulsionado pelo saldo positivo da balança comercial. Também tem reservas internacionais elevadas, que proporcionam proteção para a economia brasileira.
Outros pontos fortes são a taxa básica de juros no patamar mínimo histórico de 6,5% ao ano e uma inflação bem comportada.
Veja detalhes do cenário que o novo presidente deve encontrar na economia:
Contas públicas
Segundo números oficiais, as contas do governo vão registrar, em 2018, o quinto ano consecutivo de déficit. A meta fiscal para este ano é de um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 159 bilhões, o que representaria uma piora frente ao patamar de 2017 (-R$ 124 bilhões). Analistas apontam que o déficit fiscal pode ficar abaixo da meta fixada para este ano, em R$ 148 bilhões.
Dívida pública
Com a piora das contas públicas nos últimos anos, a dívida bruta do setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais) apresentou crescimento nos últimos anos. Segundo dados do Banco Central, a dívida bruta atingiu o patamar de R$ 5,165 trilhões em junho, ou 77,2% do PIB, novo recorde histórico. De acordo com o critério utilizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para comparação internacional – que considera os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional na carteira do BC –, esse endividamento estava maior ainda em junho, atingindo 86,5% do PIB, bem acima da média dos países emergentes, de cerca de 50% do PIB.